Fotos: Ramos Freitas |
A câmara Municipal de Osasco realizou na última quarta-feira
(22) audiência pública sobre igualdade racial. O principal tema debatido por
alguns dos vereadores e representantes da promoção da igualdade racial foi o
preconceito e a necessidade de ações para a promoção da igualdade social. O
vereador Ricardo Silva disse que “muitas pessoas falam que para acabar
com o racismo, basta parar de falar sobre o assunto. Porém, acredito que seja a
mesma coisa falar que para acabar com a fome, basta parar de falar sobre o
tema”, ressaltou.
Ele ainda destacou que “precisamos agir porque não é isso que os números
mostram. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 16, 2
milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza no país, 70, 8% deles são
afro-brasileiros. Os salários médios dos negros no Brasil são 2,4 vezes mais
baixos que o dos brancos e 80% dos analfabetos brasileiros são negros”,
explicou.
Para a professora e mestre Vera Lúcia Lopes, é preciso lutar contra o
racismo e quebrar os estereótipos mostrado pela mídia de que o negro é um ser
inferior. “É preciso que sejam criadas leis para que as gerações futuras não
percam as conquistas”, disse.
Já a advogada e Conselheira Tutelar Graziele Macedo se disse favorável
as cotas raciais, “existem pessoas que dizem que o negro se coloca como vitima,
mas não é bem assim. Ainda existe o preconceito e precisamos de um investimento
maior para a promoção da igualdade
social”, explicou. Segundo ela, constantemente se depara com crianças que
sofrem preconceito por causa do cabelo, “sempre procuro orientar e motivar,
falando que são umas princesas e mesmo sendo questionada do porque não existem
no mercado bonecas negras e famílias negras no comercial da margarina”, disse.
“Muitas pessoas tem se escondido
atrás de seus computadores e aparelhos eletrônicos para demonstrar o seu ódio e
preconceito contra negros. Recentemente tivemos diversos casos envolvendo
famosos como à atriz Thais Araujo, a cantora Ludmila, a jornalista Maria Júlia
Coutinho – mais conhecida como Majú e tantas outros, que infelizmente sofreram
e ainda sofrem esse tipo de preconceito”, destacou Ricardo Silva, que disse
ainda que racismo é crime e deve ser denunciado. Veja a seguir mais imagens.
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