23/03/2017

Igualdade racial é tema de audiência pública

Fotos: Ramos Freitas

A câmara Municipal de Osasco realizou na última quarta-feira (22) audiência pública sobre igualdade racial. O principal tema debatido por alguns dos vereadores e representantes da promoção da igualdade racial foi o preconceito e a necessidade de ações para a promoção da igualdade social. O vereador Ricardo Silva disse que “muitas pessoas falam que para acabar com o racismo, basta parar de falar sobre o assunto. Porém, acredito que seja a mesma coisa falar que para acabar com a fome, basta parar de falar sobre o tema”, ressaltou.
Ele ainda destacou que “precisamos agir porque não é isso que os números mostram. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 16, 2 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza no país, 70, 8% deles são afro-brasileiros. Os salários médios dos negros no Brasil são 2,4 vezes mais baixos que o dos brancos e 80% dos analfabetos brasileiros são negros”, explicou.

Para a professora e mestre Vera Lúcia Lopes, é preciso lutar contra o racismo e quebrar os estereótipos mostrado pela mídia de que o negro é um ser inferior. “É preciso que sejam criadas leis para que as gerações futuras não percam as conquistas”, disse.

Já a advogada e Conselheira Tutelar Graziele Macedo se disse favorável as cotas raciais, “existem pessoas que dizem que o negro se coloca como vitima, mas não é bem assim. Ainda existe o preconceito e precisamos de um investimento maior para a  promoção da igualdade social”, explicou. Segundo ela, constantemente se depara com crianças que sofrem preconceito por causa do cabelo, “sempre procuro orientar e motivar, falando que são umas princesas e mesmo sendo questionada do porque não existem no mercado bonecas negras e famílias negras no comercial da margarina”, disse.

“Muitas pessoas tem se escondido atrás de seus computadores e aparelhos eletrônicos para demonstrar o seu ódio e preconceito contra negros. Recentemente tivemos diversos casos envolvendo famosos como à atriz Thais Araujo, a cantora Ludmila, a jornalista Maria Júlia Coutinho – mais conhecida como Majú e tantas outros, que infelizmente sofreram e ainda sofrem esse tipo de preconceito”, destacou Ricardo Silva, que disse ainda que racismo é crime e deve ser denunciado. Veja a seguir mais imagens.
















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